Sobre esses meses de pausa…

A vida é estranha e surpreendente. Clichê? Pode até ser, mas quem disse que clichês não são verdades? Podem ser verdades extremas, quase dolorosas, porém esse texto não é sobre a inevitabilidade dos clichês. Não escrevo aqui desde janeiro, para ser bem sincero, não escrevo nada há alguns meses. Como vocês sabem sou estudante de Letras em uma universidade pública, então, imaginem que ela está em  greve desde abril. Pois me imagino usando uma bengala na colação de grau. Mudei de endereço, comecei a ir à academia, emagreci vinte e dois quilos… Enfim muitas mudanças, alguma voluntárias e outras trazidas pelo destino.

Estou com saudade de escrever aqui no blog, de ler meus livros e principalmente de escrever meu livro. Esse foi o maior negligenciado durante esse período estranho.

No entanto, houveram ganhos, principalmente em minha saúde. Minhas taxas do exame de sangue nunca foram normais e agora estão bem, com exceção do colesterol total. O médico explicou que por eu ter a taxa elevada por mais de dez anos é normal que o metabolismo não seja capaz de baixar esse número, mas estou medicado e em breve até isso deve estar normal.

Sempre fui gordo. Durante trinta e sete anos fui o gordo da turma e da família. As vezes um pouco menos gordo e o resto do tempo o muito gordo. O que me espanta é eu não ter percebido o quanto estava gordo. Eu brinco as vezes que,como bulímico ou anoréxico, eu sofria de um problema de auto imagem. Deixa que eu explico… eu não me via tão gordo.Eu me via  forte e um pouco gordinho apesar dos 118 quilos. Eu comia muito, dormia mal, estava sempre cansado e ofegante. Hoje ainda não adquiri todos os benefícios que o mundo fitness propaga aos quatro ventos: ainda espero pelo banho de endorfinas e bem estar. Sinto-me melhor é verdade, mas sinto também cansaço e dor nos músculos, e nada da felicidade eufórica tão romanceada pelos adeptos da vida fitness. Estou melhor de aparência e de saúde, sinto falta no dia que não posso ir à academia e estou gostando desse novo eu.

UJOI5487
05/2012 – 08/2016

Sim a diferença é muito grande. Enfim, terminando por aqui apenas para voltar a escrever um pouco, limpar as teias de aranha e raspar fora a ferrugem. Vou planejar um texto bom para os próximos dias.

Abraços.

Ainda durante a tempestade…

Sobre Escritos

Dois meses distanciam este escrito do anterior. Sim, dois meses. Naquele momento encontrava-me no olho de um furacão, assim como os outros, esse possui nome feminino, mas dessa vez não era de mulher. Ela veio chegando sorrateira há um ano. Foi se instalando pé ante pé, suavemente, leve como um felino, acredito mesmo se pisasse em vidros não a ouviríamos entrando pela porta.

Espaçosa como só ela poderia ser. Instalou-se e sua presença podia ser sentida em todos os cômodos do apartamento. Metia-se no banco do passageiro sempre que eu estava guiando o carro pelas ruas de Fortaleza. E quando viajávamos, eu e meu marido, ela se alojava esparramada no banco de trás. Acompanhava desafinada as músicas que eu ouvia no fone de ouvido conectado no telefone celular. Ela sussurrava bobagens triste ao meu ouvido quando eu tentava ler um livro, eu perdia a concentração, e assim Raskólnikov ainda me…

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